Em Mugello no Grande Prêmio da Itália o Campeão do Mundo de MotoGP Jorge Lorenzo passou para a segunda posição na classificação geral depois de conquistar a segunda vitória do ano, depois dos planos dos rivais terem caído por terra. O piloto da Yamaha Factory Racing procura agora chegar à liderança da classificação na etapa da espanhola. Fazendo uma retrospectiva, Lorenzo ainda não tinha ganho desde a abertura da temporada Qatar, em abril. A segunda vitória da campanha e terceira consecutiva no traçado toscano deixou-o a 12 pontos do líder Dani Pedrosa, cujo companheiro de equipe na Repsol Honda Team, Marc Márquez, vai agora tentar recuperar-se após as quatro quedas sofridas na última etapa – e na última delas deixou-o fora da corrida quando ocupava a segunda posição na corrida, o que o impediu de se tornar no primeiro estreante da história a conquistar cinco pódios consecutivos nas cinco primeiras etapas da temporada. Lorenzo, natural de Palma de Maiorca mas vivendo em Barcelona, Pedrosa nascido e crescido em Sabadell e Márquez vindo da pacata cidade catalã de Cervera, Barcelona é território para os três estarem motivados a vitória. Como aconteceu com Pedrosa em 2008 e com Lorenzo em 2010 e 2012. A corrida será a primeira de Márquez em Montmeló aos comandos de uma máquina da categoria rainha, mas ele já venceu no traçado há três anos, nas 125cc. Atrás dos três primeiros a diferença de pontos começa a ser mais reduzida. Com dois pódios nas duas últimas jornadas – o que faz dele o primeiro britânico a conquistar pódios consecutivos na categoria rainha desde Ron Haslam em 1987 – está Cal Crutchlow, da Monster Yamaha Tech 3, a apenas seis pontos de Márquez, enquanto Andrea Dovizioso, da Ducati Team, foi um dos pilotos da primeira linha do grid em Le Mans e em Mugello e relegou Valentino Rossi, da Yamaha Factory Racing, para sexto da geral.
Uma repetição da impressionante vitória de 2009 do transalpino em Barcelona seria uma forma perfeita de apagar da memória o transtorno da queda na primeira volta na Itália. Os incidentes na primeira curva do circuito da Catalunha não são algo inédito; o mais memorável, talvez, foi o dramático acidente que envolveu vários pilotos na largada de 2006. Evitar esses problemas neste fim-de-semana será de grande importância para Rossi, que está tentando melhorar o ritmo de corrida para fugir à chamada “zona de perigo”. Até à data, o nove vezes campeão do Mundo tem sentido dificuldades para se adaptar à rápida sessão de qualificação Q2 de 15 minutos e ainda não conseguiu melhor resultado que um quinto posto do grid. Incapaz de se qualificar neste fim-de-semana estará Ben Spies; o piloto da Ignite Pramac Racing vai voltar a ficar de fora para se recuperar dos problemas no músculo peitoral e no ombro. Tal como na França, o americano será substituído por Michele Pirro. O companheiro de equipe de Crutchlow, Bradley Smith, retorna nesta etapa a ação após fisioterapia, de um corte profundo num dedo e lesão contraída no pulso na última etapa, mas onde mostrou garra para terminar em nono. Em todo o pelotão do MotoGP, serão seis os pilotos que vão correr em casa, o que inclui Aleix Espargaró, que deverá contar com o forte apoio do seu clube de fãs “Esargarins”. A primeira sessão de treinos livres para o Grande Prêmio Aperol da Catalunha terá início nesta sexta-feira, e para a tranquilidade de pilotos e equipes as previsões climáticas prevêem tempo seco e com sol.
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