quinta-feira, 13 de novembro de 2008

SUZUKI REMODELADA: A GSX-R 1000 PRONTA PARA ENFRENTAR CONCORRÊNCIA


Durante o salão de motocicletas Intermot, realizado em outubro na Alemanha, a Suzuki apresentou ao público a nova versão da sua superbike GSX-R 1000, agora na nona geração. A moto de mil cilindradas está mais leve, mas há quem olhe para a moto e diga que nada mudou esteticamente. Mas mudou.

O farol agora está mais largo, com duas lâmpadas auxiliares nas pontas, ao invés do formato ovalado do modelo anterior. Na parte traseira, a rabeta continua abrigando a luz de freio (iluminada por LEDs) e os piscas e duplo escape - tão discutido na versão anterior - também está presente nessa versão, ainda que redesenhados e semelhantes a um instrumento musical de sopro. Porém, é necessário prestar bastante atenção nessa motocicleta para perceber os novos traços, principalmente na carenagem.

As linhas curvas da antecessora foram substituídas por linhas angulosas e retas. Um detalhe curioso ao olhar o motor; é que a parte inferior não está na posição horizontal, mas sim em direção ao chão. Nos detalhes técnicos não há uma explicação para a peculiaridade. Informações sobre o desempenho da moto, como potência e torque também ainda não foram divulgados.
CARACTERÍSTICA
O quadro de dupla trave superior, assim como a balança em formato de bumerangue, são novos e construídos em alumínio. O destaque fica para a suspensão dianteira. Desenvolvida em conjunto com a Showa, a Suzuki apresenta a suspensão invertida com ajustes de pré-carga, retorno, compressão e amortecimento da mola.

Já na traseira o amortecedor da Showa montado por links é totalmente ajustável, completando o conjunto. Graças a somatória do chassi mais compacto e um motor com menor comprimento entre-eixos encurtou 10 milímetros, agora são 1.405 mm. O que foge à regra de encurtar medidas é a balança.

Mais longa, melhora o desempenho da Suzuki principalmente nas curvas e evita que a roda dianteira saia do chão com facilidade. A nova "mil" da Suzuki passou por testes de túnel de vento para melhorar a aerodinâmica em altas velocidades. A entrada de ar também foi revista e com maior indução melhora o desempenho do sistema SRAD (Suzuki Ram Air Direct).
MOTORIZAÇÃO

A estrela da nova GSX-R 1000 é o motor. Embora a Suzuki ainda não tenha revelado os números de potência e torque, temos uma idéia do que está por vir. Ele está 59 mm menor, com uma maior taxa de compressão (12.8:1 contra 12.5:1 do modelo anterior) e as válvulas em titânio - tanto a de admissão quanto a de escape - estão 1 mm maiores, oferecendo mais rendimento, em tese, ao motor da esportiva. O diâmetro e curso do motor também foram alterados, 74,5 mm x 57,3 mm (ante os 73,4 mm x 59,0 mm); na prática o motor com curso menor tem melhor desempenho em altos giros.
Mas os engenheiros da fábrica japonesa trabalharam bastante também para garantir rendimento em baixos e médios giros, e tornar possível pilotar essa nova GSX-R 1000 civilizadamente nas ruas e estradas.

Para a alegria dos pilotos com pouca experiência o sistema de escolha do mapa de ignição (S-DMS) foi mantido na nova versão com as três curvas de potência. No total, a "dieta" imposta à nova superesportiva resultou na perda de cinco quilos.

Agora resta saber qual a potência e torque desse motor. No modelo anterior, eram 185 cv. Na Europa, cogita-se que a nova mil da Suzuki será referência na categoria -- será que a GSX-R 1000 ultrapassará a marca dos 200 cv em uma esportiva fabricada em série? A nova Yamaha V-Max já alcançou essa cifra de potência, mas ela não é classificada como esportiva. Resta aguardar.

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