sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

MotoGP: o plano “anti-crise”


Face à crise que atualmente atinge o MotoGP mais do que qualquer outra disciplina do motociclismo desportivo ao nível de Campeonato do Mundo. A saída da Kawasaki (pelo menos enquanto equipe de fábrica) foi a gota de água que fez transbordar o copo numa categoria que vivia acima das suas possibilidades. Se não forem tomadas medidas já em 2009 é certo que outras marcas poderão seguir o exemplo da Kawasaki…
São várias as propostas que estão em cima da mesa para discussão e apresentação à comissão de Grandes Prêmios da FIM que terá que ratificá-las para puderem ser postas em prática. Muitas destas propostas surgiram na seqüencia da reunião dos construtores a 7 de Janeiro no Japão. Nova reunião terá lugar quando iniciarem os testes de MotoGP que se realizará na próxima semana em Sepang, na Malásia, para elaboração do documento final.
Proposta de redução de custos no MotoGP para 2009:
- Treinos mais curtos: a duração das sessões de treinos por fim de semana (três livres e uma de qualificação) reduzida de 60 para 45 minutos;
- Warm-up mais curto: redução para dez minutos apenas sem teste de partida;
- Nove motores para toda a temporada: ao longo da temporada só poderão ser utilizados nove motores, o que significa que cada motor terá de durar duas provas. Uma equipa não sofrerá qualquer penalização caso um motor quebre antes de cumprir duas provas, sendo que não poderá utilizar um máximo de nove para todo o campeonato;
- Cancelar os 5 testes extra previstos: acabam-se os testes das segundas-feiras pós corrida;
- Testes de Inverno reduzidos a oito dias: os testes que se efetuarão entre as temporadas de 2009 e 2010 serão reduzidos a oito dias apenas, incluindo os dois dias após a corrida de Valência, última do Campeonato;
- Pausa no INVERNO mais longa: o início do “testing ban” a começar a 11 de Novembro em vez de 1 de Dezembro, dois dias depois do último GP da temporada. Prolongar-se-á até 22 de Janeiro do ano seguinte.
Propostas para redução de custos no MotoGP para 2010:
- Cortar um Grande Prêmio: passar a 17 provas, em vez das atuais 18, como medida de contenção até passar o “mau tempo” e depois voltar às 18 provas;
- Uma moto por piloto: Ezpeleta quer aumentar o grid de largada para 24 motos; uma vez que alguns construtores conseguem alinhar até seis motos (Honda com seis e Ducati com cinco este ano);
- Discos de freios em aço: em substituição das atuais unidades em carbono;
- Grande Prêmio em dois dias: menos um dia de fim de semana de Grande Prêmio, mas para chamar o público na sexta-feira, há idéia de abrir o paddock ao público na sexta-feira de manhã, e fazer treinos para as 250cc/Moto2 e 125cc na parte da tarde;
- Um motor para três provas: um motor é selado e deve durar três provas; se o piloto tiver que o trocar antes incorrerá numa sanção ainda por definir: um atraso no grid de largada ou um acréscimo de tempo ao resultado final da corrida;
- Modelos válidos por duas temporadas: cada modelo deverá durar duas temporadas de modo a que os privados possam amortizar o custo do aluguelr das motos de modo mais conveniente.

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