A redução das vendas no mercado interno, em razão da redução da oferta de crédito direto ao consumidor, levou a Yamaha Motor da Amazônia a conceder férias coletivas para 55% dos funcionários da fábrica de Manaus por um período de dez dias, com início em 20 de outubro. "O recesso, breve e parcial, se dá em meio à crise de confiança que tomou o sistema financeiro em âmbito mundial, cujos reflexos já são notados em nosso mercado de atuação", diz em nota o diretor de relações institucionais da empresa, Jaime Matsui. A companhia afirma que o primeiro sinal mais evidente foi a elevação de restrições à concessão de linhas de crédito direto ao consumidor por parte de bancos e financeiras. A empresa destaca que o governo do Brasil, a exemplo dos demais países, está intervindo diariamente no mercado de crédito, em busca do equilíbrio e que todos os segmentos da economia estão reorganizando suas agendas de produção e de investimentos no sentido de alcançar um novo ponto de conforto a ser alcançado o mais rápido possível. Resta saber, se estas atitudes de férias coletivas das montadoras, realmente tem como causa a crise financeira mundial que provoca reflexos em nossa economia ou será mais uma estratégia de se manter os lucros inabálaveis. Essa história já é muito comum num Brasil dos anos 80. Será que a doença voltou?
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