terça-feira, 31 de maio de 2011

MotoGP: " Jeremy Burgess já pensa na temporada 2012 "


Em conversa com o antigo piloto de GPs Daryl Beattie, Jeremy Burgess falou de vários assuntos, a começando pela mudança para a Ducati com Valentino Rossi para a campanha de 2011.Acompanhem: “Foi um início difícil com a lesão do Valentino,” disse Burgess a Beattie numa entrevista para o canal australiano One HD. “A moto estava sendo construída no final do ano passado e não com vista à primeira primeira corrida; creio que se tivéssemos um piloto em boa forma teríamos tido uma moto melhor no Qatar. Mas é assim, agora estamos progredindo e na parada que tivemos antes de Portugal a forma física do Valentino melhorou muito e tivemos um bom teste na segunda-feira após a corrida.” “Conseguimos o que queríamos ( em  Estoril) e – chassis e motor – foram melhorados. Precisamos de mais alguns ajustes ainda. Se isto tivesse acontecido no segundo teste de Sepang teria ficado muito contente, infelizmente foi no primeiro e  durante a temporada de GPs e estamos um pouco atrasados.” E continuou: “Acredito que de início vamos estar sempre testando e tentado recuperar-se (em comparação com as motos Honda e Yamaha), é claro que isto é apenas até os apanharmos. Não estamos parados, temos trabalhado muito com a eletrônica, que já refinamos muito e passamos para os pilotos das equipes satélite que verificaram as melhorias. O chassis esteve melhor no teste, tanto como o motor, e  se conseguirmos ir mais além nessa matéria ficaremos mais próximos, mas temos de garantir continuidade na melhora.” Antes do início da temporada de 2011 falou-se muito da moto que Burgess herdaria do compatriota australiano Casey Stonere ele é enfático: “O Casey, sem dúvidas, é uma piloto fantástico e fez um grande trabalho na moto, mas houve muitas desistências,” disse Burgess. “Por vezes, e neste tema em particular, penso que a Ducati se deixou afetar um pouco porque só analisam o sucesso, nunca analisam as falhas. Tratam as desistências e quedas como azares e não olharam para elas com ideia de que algo poderia estar errado, e o Casey talvez tenha tido de rodar demasiado perto do limite para vencer as corridas que venceu. A margem que que Casey tinha na moto talvez fosse muito mais reduzida que aquela que gostaríamos para a do Valentino.” O progressos conseguidos por Burgess e Rossi na adaptação da máquina parece estar mais perto do estilo e exigências do italiano, e a partir do teste de Portugal, foram fruto de trabalho. Mas Burgess acredita que ainda há muito a fazer: “Há coisas que podemos continuar a fazendo ao longo deste ano e melhorando, e há outras que podemos fazer para acelerar a moto do próximo ano.”  Falando da temporada de 2012, ano de entrada em vigor dos novos Regulamentos Técnicos das 1000cc, Burgess comentou: “Creio que não vamos ver muitas diferenças em termos dos pilotos que costumam vencer corridas, espero que o Valentino esteja bem mais na frente! Honestamente, creio que os quatro ou cinco primeiros serão os mesmos em cada semana.”  “Considero um pouco decepcionante voltar às 1000cc. Vejo por exemplo  companhias como a Suzuki, que gostariam de ver algum tipo de estabilidade nos regulamentos para que todos pudessem  trabalhar para uma competição mais equilibrada. Sei, de conversas com a Yamaha no ano passado, que gostariam de construir um motor V4, mas enquanto os regulamentos continuarem a mudar não terão gente que o permita fazer. Por isso, no próximo ano vão competir com outro bloco de quatro cilindros em linha; as mudanças de regulamentos fazem com que se pare um pouco as melhorias de desenvolvimento.” Questionado sobre se o desafio que tem pela frente na Ducati é o maior da sua carreira Burgess mostrou-se incerto. “Creio que os primeiros tempos com o Mick (Doohan) foram provavelmente tão duros, A Honda não ganhava o Campeonato há uns anos, e havia expectativa no início da década de 90 quanto a isso,” explicou. “Nesses anos havia muita pressão do Japão. Acredito que agora posso lidar melhor com esse tipo de pressão do que naquela época, mas talvez continue a ver esses anos como os mais complicados. Perguntem-me de novo em Dezembro!” Sorri o inglês.

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