quinta-feira, 16 de junho de 2011

MotoGP: " Parceria no desenvolvimento de pneus entre Suzuki/Bridgestone"


Uma parte crucial para qualquer equipe na preparação de suas motos com certeza e a escolha dos pneus para a corrida. A boa apresentação de Álvaro Bautista, no último domingo em Silverstone tem muito a ver com testes que a equipe fez com os pneus Bridgestone e da boa relação entre a Suzuki/Bridgestone, a mais longa parceria entre equipe e fornecedor de pneus do paddock, parceiros desde 2004, marcando a terceira temporada da marca japonesa no MotoGP. Essa parceria já rendeu vários pódios e uma  vitória de Chris Vermeulen, em 2007. Mas o qual é o peso dos pneus da GSV-R? Bem, o trabalho da Bridgestone com a equipe começa no início de quinta-feira, bem antes de cada corrida. Yukihiko Kubo é o engenheiro da Bridgestone responsável por Álvaro e pela Suzuki e explica o seu papel. "Começo a trabalhar de perto com os engenheiros da Suzuki e do Álvaro na quinta-feira em cada Grande Prêmio,” disse Kubo. “É importante que, antes do Álvaro ir para a pista, todos os elementos da equipe conheçam e compreendam os compostos de pneus que temos em cada corrida; é por aqui que começamos. Só trabalhamos com o Álvaro desde o ano passado, mas trabalhamos bem em conjunto e temos boa relação, o que é muito importante para se ter confiança.” "Estou nas reuniões com o engenheiros da equipe na quinta-feira para acordarmos o plano para o fim-de-semana. Explico cuidadosamente as opções de compostos que temos, como se diferenciam das do  ano anterior e os motivos que nos levaram a fazer a escolha. Depois faço saber que compostos frontal e traseiro recomendamos para a corrida e é a partir desse ponto que chegamos a acordo quanto ao plano de utilização de pneus, rumo a seguir com a afinação e objetivo para a corrida."  A Bridgestone é a fornecedora oficial de pneus da categoria MotoGP desde 2009 e de acordo com os regulamentos aprovados no ano passado cada piloto tem direito a 18 slicks (oito frontais e dez traseiros) e oito pneus de chuva por fim-de-semana. A FIM atribui os pneus de forma aleatória a cada piloto na quinta-feira, momento a partir do qual ficam restringidos a cada piloto através de um código de barras; uma informação registada pela Bridgestone e pela FIM. "Assim que elegemos o plano para o fim-de-semana temos uma idéia clara de quando o Álvaro vai usar cada opção de composto,” continua Kubo. “Com o número limitado de pneus novos é importante garantir que o Álvaro tem pelo menos um conjunto novo para a qualificação na tarde de sábado e para a corrida. Os pneus novos têm vantagens claras no que toca a sua apresentação, e que é muito importante para ajudarmos a equipe na obtenção de uma  melhor qualificação e do melhor resultado possível na corrida.” "No final de cada dia reuno-me com o Álvaro para analisarmos tudo e depois com o engenheiros para discutirmos onde estamos em relação ao plano e que passos é que temos de dar. Recolhemos dados ao longo de cada dia: temperaturas e pressão, elementos fundamentais na avaliação da afinação. Por exemplo, o traseiro deve funcionar acima dos 100ºC para dar o máximo de aderência e se a sua temperatura for inferior sabemos que não estamos a atingindo o máximo da aderência e, por isso, a moto, o piloto e todo o conjunto não estão a funcionando tão bem como podiam estar. Depois envolvo-me com os engenheiros para alterarmos a afinação com o objetivo de atingirmos este ponto de excelencia. Nos anos em havia competição de pneus os fabricantes de borrachas produziam compostos específicos para cada moto e piloto, mas agora como fornecedores exclusivos a Bridgestone tem de trabalhar em grande proximidade com as equipes para ajudar a que as suas motos funcionem melhor com os nossos pneus."

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