quarta-feira, 18 de julho de 2012

Motonotícia: " O efeito Valentino Rossi no motogp"


Crescem os rumores sobre a possível saída de Valentino Rossi da Ducati Team. Apesar de ter provocado uma verdadeira revolução com sua ida para a Ducati, nada do que foi realizado até agora não conseguiu  devolvê-lo ao pódio. Na temporada de 2012, o italiano já tem números piores do que os que apresentava no ano passado. Na metade do atual campeonato o piloto contabiliza 82 pontos. Entretanto o piloto declarou recentemente para a imprensa especializada que os sete anos que esteve na Yamaha como a melhor fase de sua carreira. Com a esquadra nipônica, Rossi conquistou quatro dos seus sete títulos na classe rainha. " Foi a parte mais bonita da minha carreira e a dos melhores resultados”, considerou. “Foi a marca com que eu fiquei por mais tempo, sete temporadas.” Procurando alguma maneira de reverter a situação difícil da fábrica de Borgo Panigale, Rossi afirmou que nunca sabe o que vai acontecer nas corridas e admitiu que também não sabe se um dia vencerá com o time vermelho. “Nunca sei como vai ser. Se irá bem ou se algum dia vencerei uma corrida com a Ducati”, reconheceu. “Eu tento fazer o máximo para conseguir”, afirmou. Questionado se tinha se arrependido de ir para a equipe, Valentino negou. O piloto ponderou que seria especial, sendo italiano, vencer com uma moto da Itália. “Não. Fico feliz com a minha escolha”, garantiu. “Era algo que eu tinha que tentar. Vencer com a Ducati, um piloto italiano, com uma moto italiana, seria uma coisa muito especial. entretanto nunca pensei que errei”, completou. Afinal, a permanência de Valentino Rossi na Ducati pode não ser assim tão certa. Segundo noticias que circularam nos vespertinos da Espanha e de alguns países da europa, o piloto italiano poderá retornar à Yamaha, numa jogada que pode ser surpreendente e seria decidida, essencialmente, pela entrada da Philip Morris, industria de tabaco que detém a marca Marlboro. No fundo tudo isto é uma questão de dinheiro. A Yamaha está precisando urgentemente de um forte patrocinador e a P. Morris, que atualmente apoia a Ferrari e a Ducati, estaria disposta a trocar o patrocínio da Ducati pela Yamaha, com uma condição: Rossi terá de fazer dupla com Jorge Lorenzo. Valentino Rossi precisará tomar uma decisão difícil. Segundo a central de boatos,que circulam pela imprensa, o italiano já teria conversado com os responsáveis da Audi, marca que adquiriu a Ducati e vai explorar essa vertente esportiva no próximo ano. A permanência de Rossi seria fundamental, mas o italiano, embora tenha afirmado que gostou do que ouviu, ainda não deu o sim definitivo. Quer uma moto competitiva, acima de tudo, já para o ano, o que não é certo que a Audi consiga. E com certeza, isso ele terá na Yamaha, pois o equipamento usado por Lorenzo teve seu "toque" durante sua permência na Yamaha. Entretanto, nos parece que o problema se reporta ao passado. Rossi saiu da equipe japonesa por iniciativa própria e em conflito. Nos últimos tempos, os responsáveis pela industria dos três diapasões, vêm negado categoricamente que possa ele possa retornar para a equipe. A sua relação com Jorge Lorenzo também nunca foi a melhor, mas, segundo informações, não há qualquer cláusula no contrato do espanhol que impeça a contratação de Rossi. Mas o que levaria a Yamaha a mudar de ideias quanto ao regresso de «Il Dottore»? O dinheiro, sem qualquer dúvida. A P. Morris é um dos maiores investidores no Mundial de MotoGP, com o apoio à Ducati que garante o salário de Rossi, e por outro lado Yamaha não tem qualquer patrocínio. Como as referências diretas às industrias de tabaco são proibidas, atualmente, no esporte motorizado, o retorno da industria de tabaco seria com a mudança na cor das motos da equipe. Maurizio Arrivabene, responsável pela área de marketing da empresa, esteve em Mugello no fim-de-semana para assistir ao Grande Prêmio e sabe-se que se reuniu com Valentino Rossi e Carmelo Ezpeleta, chefe da Dorna, empresa promotora da competição. Tema? O futuro do italiano. Ezpeleta já disse, aliás, que Rossi terá uma moto competitiva no próximo ano, para contrastar com os pobres resultados que tem conseguido desde que assinou com a Ducati. No meio desse fogo cruzado, e caso Rossi vá para a Yamaha, a motogp  pode perder a Ducati Team. Para a Audi, Rossi é peça fundamental nessa aposta e se o italiano sair, pode mesmo acabar a equipe. Ezpeleta gosta da ideia da mudança, pelo golpe publicitário que isto representaria, contudo não quer que a P. Morris tire o patrocínio à Ducati. Para a Yamaha, à parte dos problemas pessoais e do passado, seria uma solução para ganhar em vários pontos. Recupera um patrocinador muito importante, um piloto de referência e  uma equipe forte para combater a Honda de Dani Pedrosa e Marc Marquez, em 2013. Mas inda fica uma grande incógnita: entre Rossi e a Yamaha. Quem teria que engolir mais sapos... Enfim, o jeito é aguardar os acontecimentos.

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