Eis na íntegra a entrevista do "cap" da Dorna ao motogp:
É verdade que a propriedade do campeonato de Superbikes foi colocado diretamente sob a Dorna?
R. Sim, é correto.
Porque é que até agora ainda não recebemos o novo regulamento das Superbikes que o Sr. Flammini anunciou no domingo? Vão surgir alterações, ou é apenas uma questão de tempo?
R. Para 2013 os regulamentos serão os mesmo que foram aprovados entre a FIM e a Infront Motorsports. Para 2014 vamos, é claro, trabalhar em conjunto com construtores e os diferentes corpos [diretivos] envolvidos para alterarmos os regulamentos. Pensamos que um campeonato derivado de motos de produção que usa 39 motores durante uma temporada, e no MotoGP estamos usando seis – para ser franco, não me parece muito correto e temos de definir os dois campeonatos com o seu próprio espírito. Um tem por base motos de produção e o outro é para protótipos. Isto é algo que vamos fazer com a FIM primeiro e depois com os construtores que estão envolvidos em ambos os campeonatos.
Espera convencer a BMW, Kawasaki, Aprilia e Suzuki a entrarem no MotoGP™ em 2014?
R. Não, não estou tentando convencer ninguém. A obrigação do organizador do campeonato, em conjunto com a FIM é estabelecer os regulamentos técnicos para fazer o campeonato. Mas é claro que os regulamentos, na minha opinião, nos dois campeonatos são tão caros que temos que tratar disso. Há muito tempo que trabalhamos com a MSMA aqui, no campeonato de MotoGP, mas isto é um pouco contraditório se estivermos tentando reduzir custos e reduzir a apresentação e usar seis motores, e a MSMA está propondo cinco motores para o próximo ano, e depois as Superbikes, que teoricamente tem por base motos de produção, usar 39 [motores].
Quem é que vai dirigir o Campeonato do Mundo de Superbikes?
R. Em princípio ainda estamos negociando com os responsáveis para sabermos exatamente quem o vai dirigir, mas vai ser disputado sob a alçada da Dorna. No topo dos dois campeonatos estará a Dorna.
Em termos de eletrônica, sabemos o que estão à procura no MotoGP™, mas qual é o futuro da eletrônica no WSBK?
R. Ainda é muito cedo para falar de eletrônica, ou de que quer que seja. Em 2013 será exatamente como proposto pelas diferentes partes envolvidas, não haverá alterações para 2013.
Acredita que agora será mais fácil para a Dorna chegar a um acordo com as fábricas para os regulamentos no futuro?
R. Não necessariamente. Todas as decisões foram tomadas no MotoGP com todas as partes envolvidas e vamos continuar a agir assim. É importante estabelecer algo que seja razoável e possível do ponto de vista econômico. A situação econômica é difícil e não sabemos durante quanto tempo será assim. Estou convencido que todos vão compreender isso.
Isso significa que farão duas reuniões diferentes com as fábricas para os dois campeonatos?
R. As discussões técnicas serão em separado porque os construtores não são os mesmo em ambos os campeonatos.
No que toca ao calendário, há quatro ou cinco datas que são iguais para o MotoGP™ e para as Superbikes; vão fazer algumas alterações para 2013?
R. Para 2013 os calendários serão os apresentados. São ambos provisórios, mas podem ser alteradas, mas é claro que é fácil poderá haver alguns conflitos.
Para 2014 a ideia é introduzir uma ECU padrão para todos, vai continuar a ser a mesma, ou vão aceitar algumas ideias dos construtores durante o próximo ano?
R. Aceitamos sempre ideias de qualquer pessoa. Não somos ‘a favor’ de ECU’s, ou de limitações de regime, ou do que seja; somos a favor de reduzir custos e aumentar o espetáculo. Este é o principal objetivo de ambos os campeonatos – reduzir custos e aumentar o espetáculo.
Teve alguma reunião com algum membro da MSMA após o anúncio?
R. Entre o anúncio e o dia de hoje, não. Estavamos em viagem. Vamos falar com todos e falamos em cada Grande Prêmio com todas as partes envolvidas. Vamos falar em separado com eles e em conjunto se assim o quiserem. Os grandes prêmios normalmente são palco de reuniões sobre tudo, não há uma reunião especial agendada, mas é claro que vamos falar com todos sobre o assunto.
É mais fácil agora falar com a Honda a partir desta posição?
R. É sempre fácil falar com a Honda. Não temos problemas para falar com a Honda, Yamaha e Ducati, que são os três construtores envolvidos no Campeonato do Mundo de MotoGP™ e vamos continuar a falar com eles. Estamos contentes por termos a possibilidade de falar com os construtores sobre as formas de gerir o campeonato.
-imprensa/motogp-
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