Diego Pretel
Há alguns anos, a motovelocidade brasileira vem sofrendo com a falta do surgimento de novos pilotos. Nas últimas temporadas, os nomes que dominavam as corridas eram sempre os mesmos e faltava espaço para o surgimento de novos talentos. Criado em 2010, com o intuito de dar oportunidades a um número maior de competidores, o SBK Series já começa a mostrar novas caras para o esporte nacional. Quando a competição começou, os especialistas apontavam que a briga pelas vitórias ficaria entre os pilotos Murilo Colatreli, Bruno Corano, Alecsandre “Doca” Brieda, José Luiz “Cachorrão” Teixeira e Rodrigo de Benedictis. Mas, passadas quatro etapas, alguns outros nomes já começaram a surgir e mostrar que podem também entrar na briga pelas vitórias. Helder Shad e Diego Pretel são de lugares totalmente distintos, mas tem estórias semelhantes. Um é de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, enquanto o outro é de São Paulo, capital. Os dois começaram no Motocross, mas logo a paixão falou mais alto e mudaram de modalidade, partindo para a Motovelocidade. Ambos tem apenas dois anos de carreira e competem pela primeira vez em um campeonato de visibilidade e contra grandes nomes. Além disso, duelam pelo título na categoria Pro-Am e já assustaram os favoritos com provas sensacionais. Diego Pretel se destacou na prova do último fim de semana, em Curitiba quando, por pouco, não conquistou a vitória. Depois de uma excelente largada “acredito que muito por causa da base do motocross”, ele lembra, o piloto liderou três quartos da prova e deixou a vitória escapar em uma queda, a apenas duas voltas do final. Em Curitiba, Pretel tinha feito o oitavo tempo nos treinos classificatórios mas, logo na largada, já assumiu a primeira colocação da prova. A partir daí, imprimiu um ritmo de corrida muito forte e, surpreendendo a todos, liderou por grande parte da prova, controlando os ataques de José Luiz “Cachorrão” Teixeira e abrindo uma enorme vantagem para os outros competidores. Uma queda a apenas duas voltas do final tirou a vitória do paulista que, mesmo assim, ficou satisfeito com a quinta colocação geral. “Fiquei um pouco assustado com o meu ritmo de prova, comecei a olhar pra trás e não ver os outros pilotos. Por isso, acabei errando mas faz parte”, explicou. Já Helder fez uma prova ainda mais sensacional na terceira etapa da competição, em Interlagos. Ele largou na vigésima oitava posição e, em três voltas, já estava brigando com os ponteiros. O carioca chegou a assumir a segunda colocação na corrida e acabou a prova em terceiro lugar. “Fiquei emocionado e não acreditei que estava andando entre os melhores do Brasil” disse Helder depois da corrida. “A cada etapa que passa, surgem mais e mais pilotos rápidos. Nós, que andamos na frente, não esperávamos que a evolução dos outros competidores ia ser tão rápida, mas estamos muito felizes com isso. Quanto mais bons pilotos tivermos, mais bonita a disputa e maior será o show”, comentou o atual campeão brasileiro e idealizador do evento, Bruno Corano. “Quando montamos o campeonato, alguns disseram que o SBK Series era um campeonato para amadores. Achei estranho, pois todos os pilotos profissionais do país correm o evento, embora sejam realmente poucos em atividade. Eu, que não era do mundo da moto, passei a entender o que diziam e agora vejo como elogio. Estamos dando oportunidade para novos talentos aparecerem e os resultados mostram que estamos no caminho certo. Muitos dos ‘amadores’ estão andando tão rápido quanto os principais pilotos do país, e isso só está sendo possível em razão do formato e categorias que o evento proporciona”, destacou Aline Duda, gerente de eventos da Brandworks, empresa responsável pela organização do SBK Series. O SuperBike Series tem a realização e organização da Brandworks. Patrocínio de Motoschool, Pirelli, Kawasaki, Alemão Pneus, Alpinestars, L´acqua di Fiori, Brembo, Maxima Racing Oils e Shark. Apoio: Prefeitura da Cidade de São Paulo, São Paulo Turismo, CPTM, ESPN Brasil e Oi FM.
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