terça-feira, 3 de agosto de 2010
Motonotícia: " From Russian with Dust "
Uma iniciativa no mínimo inusitada e audaciosa intitulada “RUSSIA, THE WORLD’S LONGEST ROAD”, é o que irão fazer uma equipe portuense de motociclista,levarão a bandeira de Portugal nas aventuras e desventuras desta fantástica “cruzada”. A partida foi da cidade oriental de Vladivostok, para a primeira etapa estavam reservados cerca de 800 km. O trânsito caótico dos primeiros quilômetros foi o que mais impressionou a comitiva portuguesa. A chegada estava prevista para a cidade de Khabarosvk. “Finalmente saímos para o 1º dia de estrada. Etapa de 800 km com saída marcada antes do pequeno-almoço. Depois de marcarmos o ponto de partida da travessia na extraordinária estação de Vladivostok, onde o transiberiano finalmente para a sua marcha, mergulhamos num trânsito infernal, que parece ser hábito em todas as cidades russas. As primeiras impressões da estrada caíram-nos em cima de repente, com a maioria dos carros com volante à direita a espreitarem ultrapassagens arriscadas,com manobras a torto e a direito, obras por todo o lado, muito pó e o sol da manhã a bater em cheio de frente, caminhões, tratores trabalhadores e simples peões na estrada.
Passados os primeiros 100 km, finalmente a paz. Ou quase. Quilômetros de estrada rápida entre arvoredo, um dia luminoso prometendo calor. Mas a rotina não foi essa. O tipo de piso muda repetidamente, as obras reaparecem aqui e uns quilômetros á frente, e quando não há obras caímos em estrada desfeita, denunciados por enormes nuvens de pó e caminhões. A estrada para Khabarosvk esticou-nos o dia quase todo. Permanente só a floresta densa e baixa, a paisagem sem relevos, uma espécie de vale contínuo rasgado por rios amarelos, que pareciam descer das montanhas da China que nos acompanharam sempre de perto. Foram 11 horas quase seguidas de condução, interrompidas com algumas paradas breves para água, café ou red bull. Por isso a chegada a Khabarosvk foi um alívio e uma surpresa.
Os primeiros prédios surgiram sem graça, soviéticos, alinhados e pesados, no meio de imensas árvores, antes de outros mais modernos, mais altos e coloridos a ameaçarem uma cidade sem graça. Sempre acompanhados pelas velhas locomotivas do metro de superfície que parecem existir em todas as cidades russas, competindo cada qual com o veículo mais desconcertante com freios a base de calços a calcarem a linha férrea, acabamos por chegar à parte velha da cidade mesmo na confluência do rio Amur que vem da China com o Ussuri que desce do norte siberiano. Prédios antigos, restaurados, igreja com cúpulas brilhantes, gente na rua.
Foi uma agradável surpresa chegarmos estafados a Khabarosvk, e respirarmos este ar simultaneamente quente e fresco da cidade, que vamos descobrir à noite.” Procuramos não interferir, no texto original português -de Portugal-, narrado por João de Menezes, que com sua equipe esta contado com o apoio da revista local Motociclismo. Desejamos aos nossos irmãos portugueses, boas estradas.
-imprensa/Motociclismo .pt-
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário